sábado, 19 de novembro de 2011

Interrogação

Não são as pessoas apaixonantes?
A inconstância
indecisão
contradição
paixão
Todos os ão que ecoam do coração

(des)ilução
(des)simulação

No vão da alma
quem dirá que tudo que é sentido
faz sentido?

(sus)penso

Respiro fundo
Sinto o sol na minha pele
Sinto o vento passar e sussurar
Consegues ouvir?
Consegues sentir?
Isso se chama liberdade

Liberdade
confunde-se com felicidade
plena
Sol, sol
Misto de sensações

É impossível ser feliz sozinho?
Não estou só
Estou só


Não
estou livre
Livre como um pássaro
Pronta para voar
Voa, voa, voa

Retorna ao teu lugar.

Você

Distância
Contato não tão existente quanto o desejado
Distância
O querer beijar
Não posso
Não devo
Quero, quero
Realidade dos sonhos
(im)possível
Querer é poder
mas a custo de que?
indireto
segredo
desejo
platônico

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Bem leve, leve

Faço versos como quem chora
Pois quem chora transborda
Lança do peito aquilo que lhe vem da alma
Sentimento sincero
verdadeiro
inventado
Quem é que te entende?
Quem é que se entende?
Deste mundo só sei que me levo
e a vida, ela que me leve
Bem leve, leve, revele
Revele que o tic-tac do relógio
não corresponde com a realidade
Que o infinito se perde
na imensidão interna
De minha própria incógnita
eu que sei
e já sei que nem saber mais sei

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Meu tudo e meu nada.

Me peguei pensando em ti hoje,
de novo
Tão perto e tão
longe
Íncrivel que em tanta intimidade me faltam palavras
para te contar acontece aqui dentro do peito
Não conto pois é errado
Mas o que é errado?
Será errado pensar que é recíproco?
Já que teu coração a outra pertence
Esse sentimento cega-me os olhos
Turva-me a visão, ofusca o raciocínio
Te busco e já não te acho
Só tenho a lembrança de um abraço
tão breve
Não significou nada
significou tudo
Sentimento só meu...
só meu
meu.

Somos o que somos

Devo sonhar em demasia, pois de quando em quando confundo o real
com os dos sonhos
Crio enredos dignos de Machado de Assis
em romances que não irão passar de um sopro na realidade

Quem sabe seja a sina dos romântico incuráveis
dos românticos hipócritas
que sempre fogem do mundo palpável
sempre respiram o leve ar da liberdade
e logo da liberdade reclamam
e logo a solidão já se faz grande no peito

Valia mais não ser tão contraditória
Valia mais ser menos dramática
Mas como reclamar do me faz quem sou?

Clichê

Aquilo que mal faz
cortado pela raíz deveria ser
Porém tão atrativo ele é
Eis que habita o perigo
No desconhecido
desconhecido perigoso
Eterno romance do ser humano
dor, sofrimento e amores não resolvidos
Vulgo triângulo passional

Duo

Quiçá o vulgo imperfeito, seja aquilo que mais me agrada
Aquilo que almeja voar e desajeitadamente cai
De que me adianta os suspiros, poemas de saudade
Se aquele vazio lança-se no peito, aperta o coração
com a força de espada cravada

Quiçá também a doce melancolia que me persegue
seja minha benção e minha perdição
eis aqui a dualidade do universo
o equílibrio no desequílibrio da vida.