terça-feira, 5 de junho de 2012

Vermelho

Sonhos dilacerados com as odiosas palmas de tuas fétidas mãos. Por que me arrancas a alegria desta forma, sem piedade alguma? Envenenas a água de precioso rio, de um rio feito de piedade da mais profunda doçura da minha alma. Segui por tortuoso caminho. Maldita por buscar a infelicidade nos lábios de criatura vil. A sina da busca atrevida pelo o perigo, pelo o ingrato. Desejei que as estrelas transformassem-se em um véu que varresse todo e qualquer sentimento de ternura desta terra. Tenho meio peito vasto de amargura, de pura insensatez e desdém. O amor vira fogo que arde, arde no peito, arde tanto que transforma-se em mais lenta e dissimulada vingança. Cicatriz aberta a que tenho, aberta de desejo e ferida por lascívia. Libidinosas noites, nas pernas, lábios, braços e pelos teus. Infeliz de toda a criatura abandonada na sombra do querer. Mar de fel e de desilusão, desaventurado és tu em teu futuro. Vejo um mar banhado de vermelho e da rubi que converte-se teu peito.

Nenhum comentário: