segunda-feira, 23 de julho de 2012

Carnal

O tempo não corre, percorre lento, lentamente passando as horas do dia na tua ausência. Injusto que é o tal do tempo passando tão rápido quando estamos juntos. Adoro nosso riso solto, a respiração e o som da tua voz no pé do meu ouvido. Adoro quando estamos juntos nos momentos mais quentes, dos gemidos saindo sem querer de tal forma que se não entrar mais fundo em você sinto que vou morrer. Adoro seus beijos atrás no pescoço arrepiando até a minha alma, deixando todo o pelo em pé, união de pelos, mistura de cheiros, cabelos e toques. Dando-se prazer, fazendo gemer, o calor que sobe, explode e descontrola-se. Do carnal sabemos bem, entendemos todo nosso descontrole, a forma institiva, brutal, animal que nos conecta. O mais primitivo dos ritos onde pouco a pouco vamos construindo a conexão profunda que nos mantém. Não necessita explicação, as palavras são superficiais, conformo-me apenas com o sentir e sinto. Sinto tudo, estou viciada no sentir, quero sentir de novo tudo novamente dentro de mim.

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